ARTIGOS

Como se de uma morte se tratasse, a perda de uma relação amorosa envolve um complexo processo de luto.
O luto no divórcio desenvolve-se ao longo de etapas que precisam de ser ultrapassadas para que ocorra uma adaptação saudável à perda. São 4 fases fluidas e sobrepostas que variam de pessoa para pessoa.
ACEITAR A PERDA
Inicialmente há a sensação de que o que está a acontecer não é real (sendo mais intensa quando a perda é repentina). É necessário encarar a realidade ao validar o facto de a outra pessoa ter desaparecido.
LIDAR COM A DOR
A dor é inevitável. Se esta dor não for processada, pode mais tarde manifestar-se sob a forma de um sintoma físico ou reaparecer após uma outra perda enquanto reação de luto retardado.
VIVER SEM A PESSOA
Adaptação é a palavra-chave! Tem que existir adaptação às mudanças na rotina tais como viver sozinho(a) e pagar as contas da luz. No processo de adaptação ao novo papel de divorciado(a) a autoimagem também sofre alterações colocando-se em causa ao questionarmos, por exemplo, “como será a minha vida agora sozinho(a)?”, “quem sou eu sem esta relação?”.
ACERTAR CONTAS COM O (A) “FALECIDO (A)”
Esta etapa permite continuar a vida após a perda. A pessoa perdida tem que ser colocada num lugar onde é recordada, ao mesmo tempo que deixa espaço para o outro prosseguir com a sua vida e estabelecer novas relações.
O psicólogo pode ajudá-lo(a) a ultrapassar estas etapas minimizando o risco de trauma e viabilizando o crescimento pessoal.